Me liberto da (im)perfeição
Dispenso esse estigma
Solto esse peso
Abandono essa prisão
Arranco as garras da imperfeição
Arrebento as algemas da perfeição
Quero ser absoluta!
Minha humanidade me persegue
O incauto não surpreende
Minha sanidade pune
E a culpa me subjuga
Inocente ou indecente
Seja como for
Honro meu destino
Às vezes a vida me abisma
Meus sismos me destroem
Reconstruo
Reafirmo
Uma errante incerta
Sem rumo, sem chão
Mas íntegra em sua
Perfeita imperfeição.
Valeska de Gracia