sexta-feira, 21 de outubro de 2011

FÊNIX


FÊNIX

Renascida...
Da semente das estrelas
Rodopio em espirais flamejantes
Sob um céu agora conquistado
Antes nsuspeitavelmente meu.

Renascida...
Magnificamente superior
As cinzas já não passam de
Resquícios de uma natureza finda
Que já não é...
Que já não sou.

Renascida...
De chamas ardentes
Noites insones
Buscas incessantes
Vigílias e exaustão.

Renascida...
Do olho do furação
Da tempestade surgida
Sobrevinda no vento
De um alto mar.

Renascida...
De onde andava escondida
Rochas, troncos, cavernas
Desperta por risos de fadas
Feitiços de lua
E flores de abril.

Renascida...
Miraculosamente brotada
De um arco-íris de luz
De uma canção esquecida
Do perfume de lilases e jasmins
Tranças de capim
Sonhos de voar...

Renascida...
     Em grande e fecundo AMOR           
Mulher, mãe, Deusa, rainha
Que não mais caminha, flutua
Feito nuvem quartzo-rosa
Como as bolhas de sabão
Sorrindo com sua criança cristal
Risos de brilhante sabedoria
Cumplicidade e mansidão
Pois no espelho da vida descobriu-se...
Dama Suprema
Sacerdotisa de si
Deusa de seu destino.

Renascida...
CÓSMICA LUZ!

Valeska de Gracia

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