terça-feira, 15 de novembro de 2011

ANTAGONISMOS

Os antagonismos e extremos me compõe...
Sou a catarse das urgências abissais
Sou o vazio intrínseco das ausências
O estreito que se expande em vastidão
O mal que só perpetua o bem
A tristeza que sorri gargalhante
Sou o que há na não existência...
O impossível que brota na solidez rochosa
O trovão ensurdecedor em noite estrelada
Sou aquilo que se diz mas não se pronuncia
Sou o que soou no eco de um grito não dado
As palavras faladas de bocas emudecidas
Sou o tom vibrante do branco profundo
Sou o que morre caminhando para a vida
Sou o que sou daquilo que nunca foi.

Valeska de Gracia

Nenhum comentário:

Postar um comentário