segunda-feira, 6 de junho de 2011

As subsequências dos dias me entediam. 
Busco os segundos de elevação, que se estenderiam eternidade afora. 
Queria ser uma surrealista cotidiana, pintaria momentos como se fossem breves pontos de luz, manifestando a imensidão da vida.
Queria ser a voz que expressa anseios imaginários de todos aqueles que emudecem em seus porões. 
Há dias que a graça me abandona. 
Mas tenho dias de ardor e iluminação.
Os sons se misturam em mim, abarco o mundo. 
Então mergulho na música, danço, varro poeira do meu chão, limpo o coração das folhas de outono, seco lágrimas, aspiro sonhos, acredito, porém enquanto faço isto sinto que há muito mais...

Valeska de Gracia

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