domingo, 18 de dezembro de 2011

...
Jamais serei morna
Posso eventualmente parecer fria
  Ainda que em total ebulição
Uma miscelânea de sentimentos indescritíveis.
Meu gosto é picante, ácido, saboroso...
Muitas vezes sou profundamente doce, agridoce
Posso ser ferozmente mansa, é um alerta velado...
Mas jamais serei monótona, mesmo quando entediada
Sou imprevisível, contudo confiável, leal
Não me interessam os julgamentos sobre mim além do meu
Sei que sou do tipo que se pode amar ou odiar, nada farei a respeito
E deixo a cruel dúvida para quem não me provou, é o que lhes restam.
Faço parte dos que vivem no fio da navalha...
Naquele tênue limiar existente entre a loucura e a sanidade
Sou das que não temem as profundezas, persigo o que ninguém percebe
Meu coração intrépido ignora os alertas de perigo que me afastam 
Do que me faz vibrar, saciar, transcender.
Não procure me entender  (sinta-me) posso ser inalcançável em meus mistérios
Não me siga se não é capaz de me aceitar, amar, sorver...
Só me ambicione se puder me acompanhar até o fundo do tudo ou nada do amor total
Pois te consumirei ávidamente em meu divino cálice até a última gota...
Amorosa e deliciosamente.

Valeska de Gracia

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